Loteamento em Avanchet, Genebra, Suiça (46°12’N, 6°09’E).
Os primeiros loteamentos na Europa, segundo o fotógrafo e ambientalista Yann Arthus-Bertrand, foram estabelecidos no final do século 19, para dar aos trabalhadores a oportunidade de melhorar a sua qualidade de vida. O exemplo foi retomado na Suíça por volta da Primeira Guerra Mundial com a escassez de alimentos e a doação dos loteamentos pelo governo para auxiliar na produção de alimentos. Ao fim das guerras, os loteamentos permaneceram e hoje, os 900.000 loteamentos suíços cobrem uma área de 50.000 hectares, o equivalente a 3.000 fazendas de médio porte.
Estima-se que há 800 milhões de agricultores amadores nas zonas urbanizadas pelo mundo afora. Em fazendas no sul da Ásia oriental e algumas cidades na América Central e do Sul, muitas pessoas dependem desta atividade para a sobrevivência. O mesmo ocorre na Europa. Em Berlim há mais de 80.000 agricultores urbanos, e na Rússia mais de 72% de todas as casas urbanas tem seu próprio pedaço de terra, plantam na varanda ou mesmo no telhado.
A agricultura urbana aumenta a cada dia e poderia haver o dobro de pessoas praticando isso num prazo de vinte anos. No entanto, na Suíça, como em outros lugares, o solo urbano é muito poluído e há o perigo de contaminação em frutas e legumes cultivados nas cidades.
A poluição do solo urbano é proveniente dos resíduos gerados pelas atividades econômicas que são típicas das cidades, como a indústria, o comércio e os serviços, além dos resíduos provenientes do grande número de residências presentes em áreas relativamente restritas.
Vendo essas fotos no entanto, percebe-se que com ou sem poluição, esse povo gosta mesmo de plantar. E de trocar!
Todas as imagens são de autoria de http://www.yannarthusbertrand2.org/